Ir. Trindade Campos dá seu recado!
Queridos amigos e amigas de nosso site, gostaria de rever com vocês as origens do Santo Rosário. O Rosário nasceu do amor dos cristãos por Maria Santíssima na época medieval, talvez no tempo das cruzadas à Terra Santa.
Os monges orientais usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Nos conventos medievais, os Irmãos leigos eram dispensados de rezar os salmos, por não saberem ler em latim e então rezavam uma série de Pai-Nossos. São Beda, o Venerável, sugeriu que fossem colocadas continhas em um barbante. Mais tarde, a própria Virgem Maria apareceu a São Domingos e indicou-lhe a recitação do Rosário como arma eficaz para combater os hereges albigenses.
Rezar o Rosário significa oferecer uma coroa de rosas a Nossa Senhora. O Papa São Pio V, que era dominicano, encorajou e recomendou oficialmente a reza do Rosário, que em breve se tornou oração popular por excelência, uma espécie de ‘Breviário’ do povo, recitado muitas vezes à noite em família.
O grande teólogo Schillebeeckx explicou assim: “Enquanto se prossegue na doce e monótona cadência das ‘Ave-Marias’ , o emaranhado de aspectos da vida familiar recebe a iluminação dos mistérios salvíficos de Cristo e é espontâneo confiar tudo à Mãe do milagre de Caná e de toda a Redenção”.
Santo Inácio de Loyola também nos ensina a contemplar os mistérios do terço. Recomenda que se procure ‘entrar na cena’. Por exemplo: No mistério da Anunciação do Anjo a Nossa Senhora, a gente ‘entra’ no lugar onde ela estava, pode usar a imaginação e ver uma salinha, a jovem ajoelhada em oração, o Anjo entrando, o susto dela, o diálogo dos dois, e assim por diante.
Vamos ‘pensando’ nisto e rezando as Ave-Marias. Na verdade, foi esta ‘contemplação ensinada por Santo Inácio que me ajudou e ainda ajuda a rezar os cinco mistérios do Rosário todos os dias, agora que tenho tempo suficiente...
São momentos de piedosa intimidade com Jesus e Maria. Por exemplo: No quinto mistério glorioso, ‘vejo’ Nossa Senhora coroada no céu como Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, etc., como está na Ladainha de Nossa Senhora. Na décima Ave Maria ‘imagino’ o abraço que Jesus dá à sua Mãe e ‘vejo’ as duas únicas figuras humanas presentes no céu em corpo e alma... não é lindo? Dizem que o Papa João Paulo II vivia com o terço na mão e o rezava tanto ajoelhado na capela quanto caminhando pelos jardins do Vaticano.
Se era bom para o Papa, deve ser bom para nós também!