Mutirão por um novo Brasil

Terminada sua Assembléia Geral, a CNBB convoca de imediato outra reunião, mais ampla e mais diversificada, a se realizar em Brasília na próxima semana, de 06 a 09 de maio.

Convocando representantes de todos os seus dezessete Regionais, e contando com a presença dos coordenadores das Pastorais Sociais, e com líderes dos diversos Movimentos Sociais, a CNBB promove nestes dias um Seminário Nacional, para conferir de perto a situação do país, discernir os desafios que se apresentam hoje à nação brasileira, com a evidente intenção de incentivar a busca de caminhos adequados para enfrentá-los.

Na verdade, com este Seminário a CNBB quer acionar novamente o processo das “Semanas Sociais”. Elas marcaram época na década de noventa. Serviram de ampla plataforma de encontro entre a Igreja e a sociedade, levantando questões que interpelam a cidadania e que pedem uma compreensão adequada em vista de uma ação articulada e responsável.

Desta vez, a CNBB espera desencadear um processo que se desdobre ao longo dos próximos três anos. É o tempo restante da atual diretoria, e também do próprio governo federal. Coincidência que revela a percepção da importância estratégica do momento que o país vive, e da urgência em acertar os rumos do seu futuro.

É neste contexto que percebemos melhor o significado e a intenção do lema proposto pela CNBB para esta Quarta Semana Social: “mutirão por um novo Brasil”. Ele traz uma evidente convocação, e desafia para superar impasses que estão impedindo a realização de aspirações já identificadas, mas que estão demorando para se concretizar.

A segunda semana social, que culminou em 1994, já tinha desenhado o sonho de um Brasil “economicamente justo, socialmente solidário, politicamente democrático, culturalmente plural, ecologicamente sustentável”. Ainda temos o direito de achar que este sonho é realizável. Mas nos damos conta que não podemos perder o trem da história, e ver o sonho se transformar em desilusão. Daí a urgência de começar sua concretização.

Todo mutirão transmite ânimo e renova esperanças. Em meio a perplexidades que sugerem paralisia e dispersão, a Semana Social espera aglutinar e motivar para uma ação articulada e eficaz. Quando um navio encalha em sua partida, é preciso um esforço coletivo para tirá-lo do atoleiro. Mas o esforço só dá resultado se todos empurram na direção certa.

Sem a ação constante e articulada da cidadania, nenhum país vai para a frente. Nenhum governo consegue hoje superar os condicionamentos impostos pela dinâmica da globalização sem o respaldo da participação popular lúcida e esclarecida. Também não se superam as resistências internas resultantes de situações injustas cristalizadas ao longo do tempo, sem uma legítima pressão dos movimentos sociais portadores de demandas democráticas.

É nesta perspectiva que se coloca a Quarta Semana Social Brasileira, que agora a CNBB está lançando com a realização do Seminário Nacional. Com ela a Igreja espera dar sua colaboração, convocando a cidadania brasileira para juntos entendermos melhor a complexa situação que o Brasil está vivendo, para situar melhor a indispensável ação que todos somos chamados a realizar para a concretização das legítimas aspirações do povo brasileiro.

Este o objetivo da Quarta Semana Social Brasileira, que agora está começando.

D. Demétrio Valentini - Bispo da Diocese de Jales

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