Japão tem o Maior Índice de Violência contra as Mulheres

A mais abrangente pesquisa sobre violência contra a mulher no Brasil foi efetuada pela Fundação Perseu Abramo, em 2001. O resultado não é nada animador, uma vez que revela que 2.100.000 espancamentos de mulheres ocorrem por ano. Isto significa 175 mil por mês, 243 por hora, 4 espancamentos de mulheres por minuto.

Estudos internacionais revelam que entre 20 a 35 por cento da população masculina adulta já cometeu alguma vez violência contra mulheres. Trata-se de índices assustadores, mas, o que é pior, estudos especializados concluem que apenas 15% são notificadas, o que faz concluir que o espancador o faz reiteradamente.

O que mais espanta é o resultado de recente pesquisa efetuada no Japão. Indagados sobre o tema, 59% dos homens japoneses declararam já ter espancado alguma mulher. Nada dignificante a classificação que o coloca em primeiro lugar, afastando-se, de longe, dos demais países.

Uma das explicações que parece bem plausível é o fato das relações de gênero serem excepcionalmente assimétricas e hierárquicas na Terra do Sol Nascente. Durante a IV Conferência Mundial da Mulher (China, 1995), a jornalista Yayoi Matsui (Asahi Shimbun) declarou que sua coluna feminina foi conquistada a duras penas.
Durante uma das Mesas redondas, o microfone ficara aberto para as participantes. Imediatamente formou-se uma fila de mulheres do mundo todo querendo fazer uso dele: nenhuma japonesa. Perplexa, Yayoi Matsui percebeu o quanto as mulheres japonesas eram submissas: havia 5.000 japonesas na Conferência.
Um grupo delas declarou que periodicamente se postam diante do prédio da Dieta Nacional para exigir do governo japonês o reconhecimento da responsabilidade pelos indiscriminados estupros cometidos por soldados japoneses durante as ocupações da Manchúria, da Coréia,...Sabemos que até hoje esse reconhecimento não foi feito, a despeito de irrefutáveis provas.
Conhecidos são os abusos sexuais sofridos por estudantes adolescentes uniformizadas. Alguns homens nem se sentem constrangidos em declarar que preferem os uniformes porque garantem que as jovens são menores de idade. Após denúncias internacionais, uma estudante declarou que o Ministério da Educação se restringiu a aconselhar as estudantes a não fazerem programas uniformizadas, como se elas fossem as responsáveis.
Nas Conferências Mundiais sobre violência sexual, tornaram-se famosas as denúncias de exploração sexual de jovens tailandesas e filipinas por executivos japoneses. No Japão, são freqüentes as denúncias de abuso sexual de alunas por professores.
Em compensação inúmeros pequenos grupos de mulheres japonesas desenvolvem ações de prevenção e solidariedade para com as meninas dos países mais pobres para que não venham ser presas fáceis de inescrupulosos compatrícios.

25 de novembro é o Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres. Uma vida sem violência é direito nosso.

Iolanda Toshie Ide
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Lins;
Representante da Pastoral da Mulher Marginalizada no setor de Pastorais Sociais da CNBB;
Coordenadora do Grupo de Pesquisa e Ação " Educação e questões de Gênero", da UNESP de Marília / SP

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