Marcha das Mulheres na Colômbia Vigília contra a Guerra

No dia 8 de março, a Marcha Mundial das Mulheres com a Carta para a Humanidade, partiu do vão livre do MASP acompanhada por mais de 40 mil mulheres.
Nos dias 4 e 5 de abril, a Marcha passou pela Colômbia onde aconteceram vigílias contra a guerra em 20 cidades. Em sintonia com nossas companheiras colombianas, no dia 4 pp., na Câmara Municipal de São Paulo, as mulheres também realizaram, das 16 às 22 horas, uma vigília pela paz.
No mundo todo, onde há conflitos, as mulheres são submetidas às maiores violências atingido preferencialmente a sexualidade. Por ocasião da ocupação do exército japonês na China, na Coréia, as mulheres foram indiscriminadamente estupradas por soldados japoneses: as chamadas confort woman. Uma imigrante italiana relatou o estupro generalizado cometido pelos soldados estadunidenses na Itália. As denúncias sempre foram recebidas com indiferença alegando se tratar de questão menor ou até como coisa do passado. No entanto, na guerra da Bósnia as violências sexuais, dentre outras, eram acontecimentos diários. Não recebeu a devida atenção a denúncia de troca de alimentos da ajuda humanitária da ONU por favores sexuais. Sabe-se hoje provou que se tratou de reiteradas ocorrências.
Na Colômbia não é diferente. O estupro tem sido usado como expediente para marcar território. Financiada por interesses estadosunidenses, a guerra civil se alastrou de modo a forçar a migração de grande parte da população. Os comprometimentos genéticos advindos da fumigações já aparecem na forma de bebês disformes. Além da violência explícita, a maioria das mulheres sofrem a violência de estado configurada nas políticas econômicas chamadas estruturais que têm como resultado o empobrecimento: 56% da população estão na pobreza e 30% em estado de miséria. Desse total de 86% de empobrecidos, 75% são mulheres.
No Iraque, o constante bombardeio com urânio empobrecido, mensalmente ceifa centenas de vidas de bebês pela leucemia.
No México pós Nafta, nas zonas de maior concentração de maquiladoras o assassinato de mulheres cresceu mais de 1.200%.
Nos territórios palestinos ocupados por israelenses, a violência assassina indiscriminadamente. Miriam R'aban perdeu suas cinco crianças.
Estamos unidas em sintonia com a Marcha Mundial das Mulheres levando a Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade. Todas estamos repudiando a guerra, buscando a paz. E isto é possível se nossas vozes conseguirem sensibilizar a humanidade: a vida vale mais que todos os lucros que as indústrias e negócios de armas podem render, vale mais que o petróleo pelo qual os homens “de negócio” e as megaconstrutoras se digladiam.
Demanda muito esforço, muita criatividade, muito empenho, mas nós mulheres acreditamos que a paz é possível.

Iolanda Toshie Ide
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Lins;
Representante da Pastoral da Mulher Marginalizada no setor de Pastorais Sociais da CNBB;
Coordenadora do Grupo de Pesquisa e Ação Educação e questões de Gênero, da UNESP de Marília / SP

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