ALERTA

Havia décadas que a senhora K. havia imigrado para o Brasil, quando recebeu uma carta do governo de Hiroshima, para que comparecesse para avaliação médica no Hospital especializado em seqüelas da radiação nuclear.

Das 54 usinas de energia nuclear do Japão, apenas quatro estão em funcionamento. Era de se pensar que o racionamento energético era brutal, que os aparelhos de aquecimento domésticos não seriam ligados nesse inverno, como aconteceu com os condicionadores de ar permaneceram desligados no verão passado. No entanto, recebo notícias de que os aquecedores foram usados regularmente. Fica a pergunta: as usinas de geração de energia nuclear eram mesmo tão necessárias?

Sabe-se que o Japão é um arquipélago assentado sobre uma falha tectônica: o país mais perigoso do planeta para se viver. É de se indagar sobre os motivos pelos quais se arriscou tanto, construindo tantas usinas nucleares. Ademais, único país a sofrer os bombardeios atômicos em 1945, após 66 anos, o número de pessoas cancerosas na região bombardeada, ainda é maior do que o da média nacional.

Após um mês da explosão em Fukushima, Yoichi Shimatsu, articulista do Japan Times Weekly, deu-nos a resposta: “A Segunda Guerra Mundial foi também uma disputa por combustíveis fósseis. Um Japão sedento de energia invadiu a China por seu carvão e a Indonésia por suas reservas de petróleo.” Também a Alemanha buscava o petróleo na Líbia e na Romênia. Os “aliados” buscaram neutralizar o “eixo” também pela energia nuclear: o Japão já iniciava a exploração de urânio na mina de Konan, na Coréia do Norte.

Derrotado na II Grande Guerra, a partir de 1964, o Japão já mostrava sua pujança. Para garantir que não competisse no domínio de nenhuma fonte de petróleo, o governo estadunidense impôs ao Japão a construção das usinas nucleares que ficaram a cargo da General Electric e da Westinghouse, com monitoramento controlado por Washigton. O complexo nuclear, desenhado pela General Electric, iniciou seu funcionamento em 1971. Além disso, a mídia estadunidense encarregou-se de vender a imagem de “energia segura e limpa”. 

Os governos do PLD, que governam o Japão desde 1945 (partido aliado a Washington), a despeito dos muitos protestos antinucleares especialmente das mulheres e de munícipes de Hiroshima e Nagasaki, curvaram-se aos interesses do Pentágono. 

Ainda está longe da desativação total das usinas danificadas. Nem se pode iniciar a reconstrução da região sem antes retirar a terra contaminada e garantir que cessem vazamentos das usinas. Resta um forte alerta para todo a humanidade.

Iolanda Toshie Ide

 

           

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