Laço Branco

Em Montréal, Canadá, fazia frio. De repente, tiros, gritos. O terror toma conta da Escola Politécnica. Um homem de 25 anos chegara atirando sobre as estudantes: 14 mortas, 16 feridas. Motivo: ódio às mulheres com autonomia, as que ousam ocupar as “vagas dos homens” nos cursos de engenharia.

Desde então, os homens que não concordam com a violência contra as mulheres, passaram a usar um laço branco amarrado no pulso para se identificarem como “homens pelo fim da violência contra a mulher”.

No Brasil, desde 2003, a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres tem se empenhado na implementação “dos 16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência contra as Mulheres” que inclui a Campanha do Laço Branco. A então Ministra Professora Emília Fernandes lançou uma série de cartazes e laços brancos que deram novo impulso a campanha.

Neste ano, a Ministra Professora Doutora Nilcéa Freire relançou a campanha com cartazes, adesivos, camisetas, fitas de video, inclusive com uma teleoconferência por meio do Interlegis. Teve ênfase especial a campanha dirigida aos homens.

Promovida pelo Instituto Patrícia Galvão em setembro de 2004, a pesquisa sobre violência contra as mulheres ofereceu um enfoque especial: o parecer dos homens.

Vejamos parte dos resultados.

Dos homens brasileiros
90% considera muito grave o fato de mulheres serem agredidas por companheiros e maridos
80% rejeita a idéia de que a mulher deve agüentar agressões em nome da estabilidade familiar.
82% não considera que existe nenhuma situação que justifique a agressão dos homem a sua mulher.
Assim estamos convidando os homens brasileiros (que se incluem nos 82%) a usarem o laço branco para incentivar os outros (18%) a descobrirem que todos perdem com a violência.

Pouco se fala sobre as experiências de violência que as crianças carregam desde a mais tenra idade. Se queremos um mundo sem violência, é preciso enfrentá-la a partir do lar onde as crianças são as mais prejudicadas, ou porque assistem suas mães serem desrespeitadas, ou porque sobram-lhes tapas, ou porque sã ameaçadas, ou porque são expulsas de casa tendo que dormir ao relento, ou porque sofrem violências sexuais.

Esta campanha quer ajudar a acabar com a violência que não é aceita nem por homens nem por mulheres. É hora de por um fim. Afinal, temos direito a uma vida sem violência.

Iolanda Toshie Ide
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Lins;
Representante da Pastoral da Mulher Marginalizada no setor de Pastorais Sociais da CNBB;
Coordenadora do Grupo de Pesquisa e Ação " Educação e questões de Gênero", da UNESP de Marília / SP

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