O Ungido do Senhor

A partir da próxima segunda-feira, dia 18, os cardeais iniciarão formalmente o conclave, para eleger o novo Papa.
Antes mesmo de sabermos quem será, estamos mais do que prontos a acolher o escolhido, seja ele quem for.
Nisto parece estar a vantagem da maneira como é feita a eleição. Seu procedimento é tão misterioso, suas circunstâncias tão envoltas em gesto simbólicos, desde as votações secretas até a fumaça branca, que ninguém se atreveria a contestar o seu resultado, e nem se animaria a proceder a nova eleição. O papa é o eleito, e pronto.
Ele começa a ser papa a partir do momento que é eleito. Assume um nome novo, para simbolizar que sua vida muda radicalmente. Esta circunstância também ajuda para relativizar a escolha. Não importa tanto o nome antigo, isto é, o que ele foi antes. O que importa é o nome novo, isto é, a maneira como ele será papa.
Na verdade, aí residem as esperanças. Que o novo papa, uma vez eleito, faça como Davi, depois que foi ungido: se deixe guiar pelo Espírito Santo.
A escolha de Davi ilumina bem como deveriam proceder os cardeais, para se desempenharem da grave incumbência que lhes cabe.
Quando Samuel foi enviado para Belém, na casa de Jessé, pai de Davi, para ungir um dos seus filhos como rei de Israel, o profeta logo se impressionou com o mais velho, Eliab, e pensou ser aquele o escolhido de Deus. Mas Deus lhe disse: "não te impressiones com a sua aparência, nem com a sua grande estatura; não é este que eu quero!".
E assim sucessivamente, Samuel foi conferindo os sete filhos de Jessé. E sentiu que nenhum deles era o escolhido. Foi então que perguntou a Jessé: "estão todos aqui os teus filhos? Não há mais ninguém?"
Jessé se lembrou do pequeno Davi, que estava cuidando do rebanho, e mandou que viesse para casa. Ao avistá-lo, Deus falou logo ao profeta: "é este, unge-o!".
Os cardeais também, como Samuel, podem estar se impressionando com a estatura humana dos que se apresentam como candidatos. A recomendação que poderíamos lhes fazer é a mesma que Deus fez a Samuel. "Não se impressionem com as aparências!".
Para garantir que confiam no Espírito, poderiam escolher o mais simples, o mais fraco, o último de todos. Contanto que ele esteja disposto a deixar-se conduzir pela Espírito Santo.
São tantos os problemas a enfrentar, que não convém eleger alguém que tenha respostas prontas. Mas alguém disposto a fazer como João 23. Ao convocar um concílio, suscitou um clima de confiança, de interesse e de participação, que tornou possível fazer em poucos anos o que parecia tarefa gigantesca que demandava décadas.
Assim poderia acontecer, se o novo papa iniciasse um novo processo conciliar.
Enquanto aguardamos o resultado do conclave, fiquemos atentos para conferir o que o Espírito diz a cada um de nós. Para também nós estarmos prontos a seguir pelos caminhos que ele indicar para a sua Igreja nos próximos anos.

D. Demétrio Valentini - www.adital.com.br

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