Segundo domingo de Quaresma - Mc 9, 2-10

“Este é o meu Filho bem-amado. Ouvi-O!

O texto de hoje vem logo após o diálogo com Pedro e os discípulos, na estrada de Cesaréia de Filipe, sobre quem era Jesus e como deveria ser o seu seguimento:“Se alguém quer me seguir, renuncie a si  mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga” (8,34).  Começando esta passagem com as palavras “Seis dias depois”, Marcos quer ligar estreitamente o texto com a mensagem anterior sobre a cruz.

O texto destaca um aspecto de Jesus que é muito importante - o fato que ele era um homem de oração.  Durante a oração aparecem Moisés e Elias, símbolos da Lei e dos Profetas. Assim Marcos mostra que Jesus está em continuidade com as Escrituras, isso é, o caminho que Jesus segue está de acordo com a vontade de Deus.  Os dois personagens, tanto Moisés como Elias, eram profetas rejeitados e perseguidos no seu tempo - Marcos aqui vislumbra mais uma vez o destino de Jesus, de ser rejeitado, mas também de ser vindicado por Deus.

Pedro, ao despertar do sono, faz uma sugestão descabida: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”( v.5)   Claro, seria bom ficar ali, num momento místico, longe do dia-a-dia, da caminhada, das dúvidas, dos desentendimentos, da luta.  Quem não iria querer?  Mas não é uma sugestão que Jesus possa aceitar.  Terminado o momento de revelação, “Jesus estava sozinho” e em seguida “desceram da montanha”( v9).  Por tão gostoso que possa ser ficar no Monte, é precisa descer para enfrentar o caminho até o Monte Calvário!!  A experiência da Transfiguração está intimamente ligada com a experiência da cruz!!  Talvez foi a força da experiência do Monte Tabor que deu a Jesus a coragem necessário para agüentar a experiência bem dolorosa do Calvário! 

 Todos nós - seja qual for a nossa vocação - precisamos de momentos de oração profunda, de união especial com Deus.  Mas estas experiências não são “intimistas”- nos aprofundam a nossa fé e o nosso seguimento, para que possamos seguir o exemplo dele que lavou os pés dos discípulos:“Eu, que sou o Mestre e o Senhor, lavei os seus pés;  por isso vocês devem lavar os pés uns dos outros”. (Jo 13,14).  Também este trecho pode nos ensinar a valorizar os momentos de “Tabor”, os momentos de paz, de reflexão, de oração.  Pois, se formos coerentes com a nossa fé, teremos muitas vezes de fazer a experiência de “Calvário”!  Somos fracos demais para agüentar esta experiência - por isso busquemos forças na oração, na Palavra de Deus, na meditação - mas sempre para que possamos retomar o caminho, como fizerem Jesus e os três discípulos!  Para os momentos de dúvida e dificuldade, o texto nos traz o conselho melhor possível, através da voz que saiu da nuvem: “Este é o meu Filho bem-amado. Ouvi-o!”( v 7)
Façamos isso, e venceremos os nossos Calvários!!
 

Convento Santíssima Trindade

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