DEFESA DOS BENS COMUNS

DEFESA DOS BENS COMUNS
05 de junho

Os países ricos, produziram a atual crise que eclodiu no fim de 2007. Agora, avançam sobre os países menos desenvolvidos, de modo especial Brasil e Índia, por meio da exploração do mais-valor, do agronegócio, da industrialização. Querem apropriar-se dos territórios dos povos, dos Bens Comuns (água, terra, conhecimento, serviços públicos) transformando-os em mercadoria. 

“O falido modelo econômico, agora travestido de verde, pretende submeter todos os ciclos vitais da natureza às regras do mercado e ao domínio da tecnologia, da privatização e mercantilização da natureza e suas funções, assim como dos conhecimentos tradicionais, aumentando os mercados financeiros especulativos através do mercado de carbono, de serviços ambientais, de compensações por biodiversidade e o mecanismo de REDD (Redução de Emissões por Desflorestamento evitado e Degradação de bosques).” (Documento de Convergência da Cúpula).

A superlativa ganância de lucro dos mesmos que colonizaram, saquearam e, assim, se industrializaram e assim se enriqueceram, produziu a crise. Agora, avançam sobre a natureza e os serviços públicos dos países da periferia do sistema. O agronegócio e as grandes corporações se aproveitam do mais valor do trabalho dos povos (quando não o desemprego)levando os exorbitantes lucros para suas matrizes, deixando  a poluição, a degradação, as enfermidades.

À crise energética, os conglomerados tentam responder com a falácia dos agrocombustiveis, erroneamente denominados biocombustíveis, que além de desflorestar e avançar sobre terras férteis antes destinadas à produção de alimentos, degradam o solo, poluem a água e o ar. Levam os lucros, deixando a   nós com os prejuízos: poluição, resíduos, quando não nos enviam lixos, inclusive atômico.

Uma das propostas dos povos indígenas de Abya Yala, parte da Coalisão Belga Rio+20, propõe a instalação de um Tribunal Internacional de Justiça Climática para controlar (e punir) gestores públicos, instituições financeiras internacionais, empresas transnacionais. A Coalisão Belga também propõe a mudança dos padrões de produção e consumo assim como a redistribuição da riqueza.

O atual sistema econômico patriarcal associa os homens à cultura e ao trabalho produtivo (mais valorizado), e as mulheres à natureza e ao trabalho de reprodução da vida e de cuidados (gratuito e desvalorizado). Delas se espera o trabalho não remunerado ou com menor salário, exaustivas duplas jornadas como se o tempo e a energia das mulheres fossem infinitos.

Nós da Marcha Mundial das Mulheres, fazemos parte da construção da Cúpula dos Povos, denunciamos este sistema econômico patriarcal e seus desdobramentos como o agronegócio e a economia verde que tentam enredar as mulheres para oprimi-las ainda mais.

Propomos um outro sistema, a economia feminista: solidária, igualitária, ecológica, autogestionada que garanta a soberania alimentar, a diversidade ambiental, social, cultural.

Iolanda Toshie Ide

Convento Santíssima Trindade

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