Os debates e conclusões das “Semanas Sociais Brasileiras” promovidas pelas Pastorais Sociais da CNBB ganharam força. Sugerimos que, a cada ano, no Dia da Pátria, fossem realizados atos cívico-religiosos para que a população pudesse manifestar seus anseios, seus sentimentos.
Assim, ano após ano, foram realizadas várias edições do “Grito dos Excluídos” sempre sintonizadas com a Campanha da Fraternidade que se realiza na quaresma.
Cantando e gingando alegremente, neste ano, o povo realizou a 17ª edição com o tema:
“Pela vida grita a Terra. Por direitos, todos nós”.
Em vários estados e, em Minas Gerais de modo especial, a principal reivindicação girou em torno da Educação. Professores/as das escolas estaduais em greve pelo Piso Salarial Nacional, há mais de 70 dias, foram as/os que mais se mobilizaram. O mais interessante é que mães, pais e familiares dos alunos portavam cartazes, camisetas e faixas com os dizeres:
“O professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”.
Artistas, estudantes, bancários, moradores de áreas de ocupação, religiosos, ambientalistas ...engrossavam a manifestação.
Os cartazes e gritos ao megafone explicitaram as reivindicações:
- Apoio à luta dos educadores do Estado e do Município em defesa do Piso Salarial Nacional dos professores;
- Em defesa de um novo modelo de agricultura, sem utilização de agrotóxicos;
- Pela construção de Moradias Populares que realmente atendam às necessidade do povo;
- Em defesa da Reforma Agrária que consta da Constituição;
- Por mais Creches e Pré-Escolas;
- Contra a criminalização dos movimentos sociais;
- Pelo fim da violência contra as mulheres.
Cantando e gingando, os participantes convidavam:
LEVANTA, POVO,
OLHA O NOVO QUE COMEÇA A DESPERTAR,
É A FORÇA, É A BELEZA DO PROJETO POPULAR!!!
Iolanda Toshie Ide