Entre 1650 e 1850, o colonizador português levou, do Brasil, cerca de 75 mil quilos de ouro. Durante três séculos, apoderaram-se de madeira de lei, minérios, pedras preciosas, impostos e uma infinidade de bens.
Portugal apoderara-se de muitos territórios mundo afora, mas não contava com força suficiente para protegê-los. Em 1703, assinou o tratado de Metuen, pelo qual Portugal pagaria, ao império britânico, a proteção militar das colônias portuguesas. Assim, durante mais de 130 anos, o ouro extraído de Minas Gerais e Goiás, assim como o diamante de Tijuco Preto (hoje, Diamantina), foi diretamente para a Inglaterra.
Não é de se estranhar que conviesse, tanto a Portugal quanto à Inglaterra, que o povo brasileiro se mantivesse analfabeto, assim como a proibição da imprensa até a fuga, para o Brasil, da Família real portuguesa.
A chamada independência do Brasil foi negociada por Dom Pedro I: o Brasil pagaria a dívida externa de Portugal para com a Inglaterra que protegia as colônias portuguesas. Desse modo, o Brasil se torna um país “independente” devendo aos banqueiros ingleses. Antes de fugir para Portugal, D. João VI apressou-se em apoderar-se de todo ouro e prata dos cofres brasileiros.
Estupefato, o povo assistiu à Proclamação da República. Considerada ilegítima, a dívida não foi paga até 1911. Pressionado, o Brasil negociou com os banqueiros da Casa de Rothschild, a hipoteca dos lucros da Alfândega do Porto do Rio de Janeiro.
Um vasto programa instalou-se perdurando até hoje: cortes de gastos públicos (sobretudo na área social), arrocho salarial, aumento de impostos, submissão das contas públicas à fiscalização dos bancos privados.
Para as mulheres faltou escola, emprego, atendimento à saúde, previdência,... Por enquanto, nós que pagamos a conta maior. E tentam nos convencer de que a dívida acabou.
A dívida não acabou!
Você paga por ela!
Auditoria já!
Iolanda Toshie Ide
Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida/Jubileu Sul Brasil