MIGRANTES DA FOME

Há meio século, não se depara com um quadro tão trágico na região mais conhecida como Chifre da África.   Se faltar ajuda internacional, pode ocorrer uma catástrofe humanitária para os refugiados no acampamento de Daadab (Kênia), afirmou William Splinder, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas  (ACNUR). Na Somália, nos últimos meses, morreram mais de 30 mil crianças.

 

Um quarto da população da Somália constitui-se de migrantes que vivem em campos de refugiados no Quênia e na Etiópia. A fome fustiga metade dos somalis que, a cada dia, migram aos milhares. Em Daadab já há cerca de 400 mil refugiados. A cada dia, chegam cerca de 1.700 novos migrantes: 80% têm até 18 anos de idade.

 

Não chove há 3 anos. A confluência de vários fatores explica a fome que atinge cerca de 20 milhões de pessoas nessa região (Somália, Eritreia, Etiópia, Kênia, Djibuti). Os principais são: alta dos preços dos alimentos (em razão da especulação) e seca (em virtude, principalmente, das mudanças climáticas). Na Somália, somam-se a instabilidade política após a derrubada de Said Barre em 1991, e o conflito bélico que se seguiu.

 

Desde a colonização europeia e os diferentes presidentes têm decidido sobre a distribuição das terras na Somália, não se tomaramem conta os clãs, não houve em nenhum momento um diálogo”, declarou Rodrigo Hernández, enviado especial da TeleSUR.

 

Os conglomerados que dominam 80% dos cereais do mundo - ADN, Cargill, Louis Dreyfus e Bunge -  enriquecem-se com a especulação que produz o aumento dos preços dos alimentos, à custa da fome de milhões.

 

Colonizada por ingleses e italianos, a Somália teve as fronteiras artificialmente demarcadas. Os colonizadores, de ontem e de hoje, com sua ganância, buscam lucrar com a especulação e continuam financiando atividades predatórias que, por sua vez, intensificam as mudanças climáticas ocasionando secas cada vez mais longas e intensas.

 

O complexo industrial e comercial de armas (grande doador nas campanhas eleitorais) lucram com a deflagração de invasões, conflitos, guerras. A superprodução de armas encontra um lucrativo comércio de armas já consideradas obsoletas e, portanto, encalhadas. Ademais, um país (ou países) em conflito é campo propício para testes de novas armas. A indústria da morte, brinca com o destino de povos, principalmente os da África.

 

Iolanda Toshie Ide 

 

Convento Santíssima Trindade

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