Hora de Votar

O dia 06 de outubro se apresenta em forma de encontro marcado, de longa data, e aguardado com ansiedade. Ele está aí. E’ hora de votar. Talvez como nunca, o futuro do país depende de como vamos votar neste dia. Daí a responsabilidade que pesa sobre cada eleitor.

Ninguém mais tem dúvida de que o próximo governo precisará empreender uma mudança significativa de rumo. A realidade vai se impor. O Brasil precisará encontrar uma saída para superar o seu endividamento que já estrangula a administração pública. Precisará retomar o caminho do desenvolvimento para viabilizar o crescimento da economia nacional. Só assim será possível enfrentar a violência que está crescendo de modo assustador, e superar a situação de miséria e de fome que atinge um número cada vez maior de brasileiros.

Ninguém vai resolver isto sozinho. Precisamos estar preparados para colaborar com os eleitos. Vamos votar para deputado federal, deputado estadual, dois senadores, governador e presidente. Há uma coerência de votos, que cada eleitor deve costurar por conta dele, se é que queremos ser responsáveis por aquilo que estamos fazendo nesta eleição.

Ainda que em cima da hora, vale uma última advertência. A corrupção eleitoral continua solta. Quanto mais aumenta a miséria, mais os pobres são explorados na hora de votar, comprando seu voto com pequenos favores. Se todos percebem que é hora de mudar, a mudança deveria começar pela maneira como desta vez vamos votar: dando um chega pra lá a todos que querem comprar nosso voto e nossa dignidade de cidadãos.

Nas recomendações da CNBB são lembradas algumas prioridades evidentes, que não podem ficar fora dos compromissos do próximo governo.

A primeira delas já foi evidenciada pelo “mutirão nacional”, lançado pela CNBB: a superação da miséria e da fome. De nada valerá a política, se ela não vier resolver este primeiro desafio que o Brasil precisa enfrentar: acabar com a fome e a miséria de quase 50 milhões de brasileiros. O Brasil precisa ser um país onde o povo possa viver.

A segunda prioridade continua a primeira: garantir os direitos humanos a toda a população. Para isto, os recursos públicos devem ter sua primeira destinação no atendimento às necessidades básicas da saúde, educação, moradia, transporte, segurança e lazer. O Brasil precisa ser um país onde o povo possa viver com dignidade.

A terceira prioridade é para garantir as duas primeiras: o Brasil precisa ter um projeto de desenvolvimento sustentável, para respeitar e integrar a natureza, valorizar as capacidades do povo, e dar oportunidade de trabalho a todos os brasileiros.

Isto é, o Brasil precisa ser um país onde o povo possa viver com dignidade e responsabilidade, sendo sujeito de sua história e do seu futuro.

Hoje não precisamos esquecer o feito de sermos campeões mundiais e futebol. Ao contrário. Ele deve servir de motivação para enfrentarmos agora, com garra, outra convocação. No futebol o país se reconhece como viável e seu povo se vê dotado de excepcionais virtudes. E’ hora de reacendermos a esperança de, finalmente, ganharmos a batalha maior. Vencer a miséria e a fome. Superar a triste colocação de vice campeões mundiais em injustas desigualdades sociais.

Todos os que deram palpite sobre a escalação dos atletas têm agora a oportunidade de decidir, de verdade, quem vai ser escalado para funções muitos mais vitais que o futebol. A responsabilidade desta escalação é de todos nós, eleitores.

D. Demétrio Valentini - Bispo da Diocese de Jales

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