Cervejaria Punida por Preconceito de Gênero

O texto “Mulher e cerveja: especialidade da casa” foi impresso num descanso de copo, como parte da publicidade de uma cervejaria.

Discutiram como a mulher vem sendo tratada pela publicidade as seguintes organizações: o CLADEM (Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher), o Instituto para a Defesa da Igualdade e o Instituto Pagu de Comunicação e Mídia.

Movimentos de mulheres incentivaram as entidades a organizar o seminário “Imagem da mulher na publicidade”, em Belém do Pará.

O Cladem sob a presidência da Professora Dra. Silvia Pimentel (PUC/SP) foi à justiça acusando a cervejaria pela propaganda preconceituosa. Como pena indenizatória a cervejaria foi condenada a custear cinco seminários, um em cada uma das regiões brasileiras.

Luzia Miranda Álvares, professora em Sociologia da Universidade Federal do Pará, Ana Lúcia Prado, professora em Comunicação Social da Universidade da Amazônia, Raquel Moreno, do Instituto Opinião, e Silvia Pimentel, professora de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, presidente do Ipê e fundadora do Cladem fizeram palestras durante o Seminário em Belém.

De acordo com Graça Costa, da secretaria executiva do Fórum de Mulheres, “as pessoas podem achar engraçado ou bonito alguns tipos de comercial que mostram a imagem da mulher, mas não atentam que por trás dele há uma série de discriminações que nós, dos movimentos feministas, lutamos há muito tempo para extinguir”.

A publicidade preconceituosa contra a mulher é uma das modalidades de violência de que as mulheres têm sido alvo ao longo dos séculos. No Brasil, de modo especial, consolidou-se uma prática desrespeitosa que começa a ser contundentemente atacada pelas organizações de mulheres. No entanto, ainda estamos longe de uma monitoração constante, ao contrário do movimento de mulheres negras que estão sempre vigilantes denunciando os preconceitos contra negros/as nos meios de comunicação social. E vencem porque amparadas por legislação clara e explícita.

É um começo que promete grandes conquistas. Afinal, respeito é bom e nós gostamos.

Iolanda Toshie Ide
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Lins;
Representante da Pastoral da Mulher Marginalizada no setor de Pastorais Sociais da CNBB;
Coordenadora do Grupo de Pesquisa e Ação " Educação e questões de Gênero", da UNESP de Marília / SP

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