Após percorrer as Américas, a Carta das Mulheres para a Humanidade adentrou a Europa pela Turquia no dia 9 de maio. Várias manifestações se estenderam até o dia 11 com um belo retalho que foi costurado à colcha que partiu de São Paulo no dia 8 de março.
A Grécia está às voltas com a exploração da prostituição feminina por meio do tráfico de meninas e mulheres. No dia 12, com a chegada da Carta, houve uma grande manifestação contra o tráfico. Em Chipre, gregas, turcas e chipriotas se uniram num único evento.
No dia seguinte, Brindisi, Itália, recebeu calorosamente a equipe de mulheres da Marcha com uma grande manifestação que se prolongou até o dia 14.
No dia 15, sob o brado “urge mudar o mundo”, as mulheres portuguesas receberam a carta e, lembrando o Fórum Social Mundial, anunciaram um outro mundo com igualdade.
A carta chegou a Galícia no dia 20: as mulheres remaram por seus direitos. No dia 24, no País vasco, uniram-se para a promoção de seus valores.
Nos dias 28 e 29, em Marselha, na França, houve grandes manifestações para onde se encaminharam 12 mil mulheres de 35 países. Nos dois dias seguintes, Bélgica e Países Baixos se mobilizaram de bicicleta.
No dia 4 a Carta foi entregue às mulheres da Dinamarca e, depois, às da Suécia. De 10 a 14 de junho, atravessou várias fronteiras, numa estrepitosa caminhonete bastante decorada chamando a atenção da população. Chegaram à Rumânia e Bulgária onde houve manifestações sobre igualdade de oportunidades para ambos os sexos nas plataformas eleitorais. A fundação “Educação, pesquisa e tecnologias para gênero” coordenou as atividades da Marcha na Bulgária. A organização “Projeto de gênero para Bulgária” também participou da Marcha e congregou jornalistas, candidatas para as próximas eleições, ONGs e outras organizações da sociedade civil.
Na Suíça uma multicolorida caravana deu início a várias atividades. Foram mais de 30 eventos em cerca de vinte comunidades. Em Neuchâtel, no dia 12, à margem do lago, a Carta e a Colcha foram exibidas e depois transportadas para um parque onde foi plantada uma árvore lembrando todas as mulheres vítimas da violência e da pobreza.
Na segunda feira, chegou a Fribourg e depois Lausanne onde ocorreu um evento em favor de creches públicas. Depois seguiu para Genève, Morges e Nyon. Em Berna, as mulheres distribuíram simbólicos lingotes de ouro diante do palácio federal para lembrar os 14 milhões de francos depositados no Banco Nacional. Sob o brado AS CRIANÇAS VALEM OURO! reivindicavam o uso desse dinheiro para estruturas cantonais e comunais de abrigo de crianças. A Carta foi transportada alegremente até chegar a Castilha-Cataluña para as atividades do Fórum Social.